sexta-feira, 23 de novembro de 2012

um mês inesperado

Um mês inesperado no meio do segundo semestre de 2012. Minha mãe conseguiu comprar uma passagem de última hora por um preço inacreditável (culpa da minha amigOna Cecília Aimee) e veio passar um mês comigo. Eu sei, eu gosto de me enganar e achar que foi pra mim, mas a real é que ela veio pro meu filho. Ensinou meu pequeno a enfiar os dedinhos na cobertura do bolo =P Acabou que ele colocou a mão toda e depois chupava dedinho por dedinho.
Momentos inesquecíveis, intensos, deliciosos ao lado dela. Como foi bom. 

Com a avó por perto, o desfralde pareceu evoluir e agora ele já se incomoda e tira a fralda sozinho. (Exatamente como a pediatra dele disse q seria!) Ainda bem que eu parei de "noiar"e deixei rolar. Está rolando. Não é toda hora e nem todo dia mas ele tem evoluido. Já fez uns cocôs no vaso e hoje mesmo troquei a fralda por uma cuequinha. Adivinhem? Sequinha. Quando perguntei se queria fazer xixi ele correu pro banheiro e fez bonitinho dentro do vaso. =) Um lindo.

Deixo um texto excelente, extraído de um blog maravilhoso que comecei a seguir: http://blog.opovo.com.br/imae/

"Como já dizia uma amiga minha, “ser mãe é ter culpa”. É inevitável, este sentimento começa a se manifestar nas mães logo na gravidez. Os motivos são os mais variados possíveis. Comi muito e engordei demais (culpa!). Dormi e perdi a hora da hidroginástica (culpa!). E assim você vai levando… Se o parto não foi do jeito que você planejou, aí que piora a situação, e lá vem ela de novo, A CULPA!
Depois de tudo, leva-se o bebê para casa e a culpa vem junto com você no carro… Se você amamentou demais (culpa!). Se amamentou de menos (culpa também!). O bebê não arrotou (culpa!). Acabou a licença maternidade, a mãe precisa voltar ao trabalho. O dilema de deixar o bebê na creche, ou com babá, em qualquer uma das opções, a escolha vai vir acompanhada de uma certa “culpinha”.
Não bastando a mãe se culpando por tudo, as pessoas sempre dão uma mãozinha a elas. Isso é culpa da mãe! Frase clássica, hein? Se a criança faz escândalo no shopping (culpa da mãe). Se a criança está ótima, brincando na escola ou com a babá, e a mamãe chega, ela logo começa a chorar e a fazer birra… (Já aconteceu com você?) pois é, culpa da mãe.
Muitos dizem, “nasce um bebê, nasce uma mãe. E com ela nasce a culpa”. A verdade é que as mães também erram, e é muito importante que seu filho também saiba disso. Uma outra coisa que alivia esse sentimento é você pensar que não fez por mal, suas intenções sempre são as melhores, mas se ocorreu algo errado, paciência, aprende com o erro e vamos em frente. Aceite seus próprios defeitos e limitações.
Este sentimento é aflorado pela vontade de ser a mãe perfeita. É um remorso que não nos deixa dormir, ou trabalhar em paz, eu sei como é. Então, mamães, vamos relaxar. Atingir a perfeição nem sempre quer dizer que estaremos totalmente felizes. Precisamos saber lidar com a culpa e não nos cobrar tanto. Para as mães de primeira viagem, como eu, fica tudo mais difícil, mas a gente vai tentando. Para as mães de várias viagens, o pior já passou, né? Esse sentimento já não toma conta de você, mas ele aparece de vez em quando. Vai! Confessa!
Tenho uma dica de leitura para “as mamães culpadas”. O livro da psicoterapeuta Elizabeth Monteiro, A Culpa é da Mãe – Reflexões e confissões acerca da maternidade. No livro, a autora relata fatos e experiências – muitas vezes desastradas – como mãe de quatro filhos. Partindo das relações familiares na época de sua avó e passando pela própria infância, ela mostra que as mães, independentemente da geração, erram. Mas não devem se sentir culpadas por isso. Na terceira parte do livro, a escritora fala de temas corriqueiros na rotina das mães como a alimentação, a birra, a educação, o sono, o ciúme, o medo, os irmãos e muito mais. Elisabeth também dá dicas de como “tirar férias” do seu filho. Toda mãe precisa de um tempo só para si, mas deixa a culpa fora disso, viu?"

sábado, 20 de outubro de 2012

Comparar pra que???

Levei o Matheus para uma aula de ginástica olímpica onde os pais participavam junto com as crianças. Além de ser a primeira vez dele num ambiente diferente, ele era o único MENINO. Será que quem não tem um filhO meninO entende o que eu quero dizer? Nao sei, mas enfim...

Nenhuma atividade sugerida pela professora cativou meu filhote, ele preferiu repetir o mesmo exercício de pular por uns 20 minutos e os outros 20 eu corria atrás dele tentando fazer com que ele "focasse" e participasse como as outras crianças/meninAs. Depois de 20 minutos ou mais tentando cortar as asinhas dele ali, o que era pra ser divertido e um momento de "relax"estava sendo uma tortura pra mim. Decidi ir embora e fazer outra coisa em um outro ambiente onde eu não me estressasse e ele pudesse ser ele. Claro que existe uma linha tênue entre essas escolhas de ambientes que vou frequentar e obviamente ele deve ser educado e saber se comportar em cada um de uma forma "socialmente" aceitável e polida. Mas convenhamos que esta aulinha não era ambiente pra tanta pressão e frustração que eu mesma coloquei sobre meus ombros.

Saímos de lá e tivemos um resto de manhã de sexta-feira muito gostosa e a lição aprendida.

Como mãe, sabendo e conhecendo meu filho como só eu conheço, dá pra evitar muito desgaste emocional e muitas frustrações. Assim como a história do desfralde, ele teve um dia excelente sábado passado, como citei no post anterior, lembram? Apesar da semana não ter evoluido como eu imaginava que deveria, evoluiu muito sim, ele se incomodou 80% das vezes que fez o número 2 fralda e imediatamente pedia pra ir no banheiro dar tchau pro cocô.

Se eu não considerar esses pequenos passos um grande avanço, que tipo de mãe vou ser? Estou cada dia mais confiante e certa de que sei quem meu filho é e como ele funciona. Por isso, ao invés de colocar peso e estabelecer padrões de como ele deve ou não agir e "evoluir" ou de como eu devo educa-lo e ser mãe, tenho decidido ser feliz e curtir quem ele é e quem eu sou. Afinal de contas, acima de qualquer padrão, Deus me deu ele como filho do jeitinho sapeca e serelepe dele ser por um propósito, a personalidade e o agito do meu filho vieram pra moldar o meu caráter como ser humano e da mesma forma, eu acredito que sou a mãe perfeita pra ele.

Vou optar por ambientes onde ele não seja o único menino, vou optar por atividades que desenvolvam as qualidades dele, os pontos fortes, porque assim eu também vou me sentir confiante como mãe e juntos cresceremos de forma leve e saudável para também melhorar e amenizar nossas tendências e comportamentos negativos.

A comparação aprisiona o nosso coração, nossa mente e consequentemente nossas ações. Nos impede de ver a beleza dentro de nós. Quando entendemos melhor quem somos e como funcionamos, passamos a respeitar-nos mais e consequentemente livramo-nos desse mal que não tem sentido e nem razão para existir.

Um bom fim de semana pra vocês e quem quiser continuar uma leitura neste sentido, clique no link abaixo:

http://celebritybabies.people.com/2012/08/24/poppy-montgomery-blog-mommy-guilt/

sábado, 13 de outubro de 2012

O meu sábado começou bem...

Acordei com meu filho cantando a musiquinha da hora de ir pro banheiro : "Potty Time". Como eu estava dormindo e a voz parecia distante, demorei pra realmente perceber que não era apenas um sonho.
Levantei e fui direto conferir... Ele queria mesmo ir pro banheiro sozinho. Sentou e fez xixi =)  daí perguntei se tinha um numero 2 a caminho e ele disse que não mas que queria lavar a mão.

Pergunta se eu não abri o maior sorriso? Até dei um "sticker" pra ele =) Vamos ver se agora vai pra valer... Só sei que lembrei do comentário da médica na úlima consulta: "Você quer que ele saia da fralda já? Ou é ele que tem dado os sinais?" 

Enfim, talvez naquele dia fosse eu mas depois de hoje, já vale dizer que foi ele, né?!

ps: olha o tipo da minha alegria do dia hahahaha coisa que só mãe entende. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ele saiu do berço e chegou em casa com o "sticker" !!!

Ontem foi oficialmente a noite da transição... meu marido saiu do trabalho e tirou a grade do berço. Agora ele dorme na "caminha" dele. Lindo? Sinal de que está crescendo mesmo mas nem tão lindo assim. Fala sério!

Agora ele sai da cama a hora que quer mas melhor sair da cama do que pular do berço e se machucar. Cá entre nós, eu amaria que ele ficasse no berço mais uns 6 meses hahaha 
Há uma semana que ele pula do berço a hora que quer e com isso nossas noites não estão sendo mais tão tranquilas.
Já tinha até esquecido como era ter que ir no quarto a cada 15 minutos pra acalma-lo e faze-lo dormir. Agora ele não só sai da cama como também abre a porta do quarto e vem pra sala ver o que a gente esta fazendo.

Eu e meu marido nos revezamos e vamos pro quarto com ele, falamos pra ele deitar e dormir, ele obedece, mas não dá 3 minutos, já sai de novo e vai pra sala. Sem contar que se no meio da madrugada ele acorda e quer sair, ele sai e fica chamando a gente do corredor(temos um portão que separa a sala do quarto dele).

Não tive uma semana fácil não, as noites não foram tão bem dormidas como estavam sendo mas a realidade é que meu filho também não é mais o mesmo. 
Então vamos focar no que é bom e pedir a Deus que ele volte a dormir normalmente o mais rápido possível.

Na escolinha ele tem se saído super bem (apesar da dificuldade com a língua), estamos orgulhosos porque ontem foi o primeiro dia que quem não se comportou bem não ganhou "sticker" e o Matheus chegou em casa com o dele na camiseta =) UFAAAAAA!!!

A professora dele contou que agora ele já fala um ou outra palavra que ela entende e dizem que é assim mesmo, até os 5 anos ele fica meio pra trás em relação ao desenvolvimento da turma mas depois evolui bastante. Espero que até lá ele já esteja numa escolinha falando português e que o inglês seja a língua dentro de casa e da tv somente =)  

Bom fim de semana pra vcs e quem quiser adoçar o fim de semana confere a receita que minha amiga Dani postou no www.blogdadani.net




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

e aquela soneca sem fim...

Quando o Matheus dorme mais de 3 horas na soneca da tarde eu acho o máximo, mas toda vez penso que ele não vai dormir as 9 da noite e que daí o dia seguinte vai ser todo errado porque ele vai dormir até mais tarde.

Será que eu devo acordá-lo e interromper a sonequinha? No fundo eu acredito muito que quando ele dorme ele cresce hahaha e por mais que isso não tenha fundamento, eu não quero correr o risco de interromper este processo, entende?

Então... filho, continue dormindo.



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

pra fechar a semana com chave de ouro

Hoje meu filho começa a ir para a escolinha de futebol (Yeyyyy) e por conta disso fui bater perna no outlet.
Uma das moças que me atendeu era linda mas tinha uma certa dificuldade pra falar, não percebi o que era porque apesar de ser uma voz diferente eu entendia perfeitamente o que ela dizia. Pensei até que fosse por conta do aparelho que ela usava. Enfim, papo vai e papo vem, a moça estava grávida e de tão magrinha nem reparei na barriga de 4 meses, perguntou o nome e a idade do meu filho e no meio da conversa contou que é surda desde que nasceu e que está terminando a faculdade para poder dar aula de leitura labial e de sinais para pessoas surdas como ela.

Queria que vocês estivessem lá comigo pra ver e sentir a alegria dessa mulher ao falar da faculdade e do sonho que ela vai realizar fazendo isso. Ela AMA ensinar pessoas surdas a se comunicarem. Disse que leitura labial é simples e fácil e enfim, eu fiquei ali, contemplando e recebendo toda aquela "energia positiva" e alegria que resplandecia do seu rosto.

Uma moça contente apesar das suas limitações e que alegrou meu dia. Mais do que uma "boa vibe", ela fez parte do meu crescimento hoje. Impactou pra valer mesmo, me fez refletir em 1001 coisas e uma delas é a que eu decidi compartilhar aqui com vcs: Quero muito que meu filho tenha sonhos e descubra seu propósito neste mundo desde cedo. Quero ser uma facilitadora neste processo e espero que ele traga alegria e impacte vidas mesmo sem conhecê-las intimamente, assim como essa vendedora impactou a minha hoje.

Um excelente fim de semana pra vcs.
Beijoca.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A tal da obediência...

Não tem um dia que eu não fale a frase: "Matheus, obedece a mamãe"ou "A mamãe fala U-MA vez e o Matheus OBE-DECE" e óbvio, não tem um dia que funcione. 
Ou melhor, não tinha a-há! 

Desde que ele completou 2 anos, este piá aqui parece que deixou mesmo de ser bebê e agora mais do que nunca entende tudo e apesar de me obedecer "miando", ele tem obedecido na hora. Espero que estas frases tenham sempre este efeito na cabecinha dele e mais do que isso, que com o tempo ele aprenda e acredite que a mãe aqui só quer o melhor pra ele.

Filho obediente e na frente de pessoas desconhecidas, como no consultório médico que fui ontem e na farmácia que fui hoje (estou com infecção de ouvido) só pode trazer mesmo muito orgulho e uma enorme sensação de satisfação.

E você? Tem sua frase comando com seu filho?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O segundo dia 13 de setembro ...

Impossível não acordar hoje louca pra escrever pro meu filho.
Impossível não lembrar de como e onde eu estava há 2 anos atrás.
Impossível não encher os olhos dágua com o milagre da vida que gera vida.
Impossível não querer me teletransportar pro Brasil =(

Há dois anos atrás eu estava prestes a entrar na sala de cirurgia e ver minha vida mudar, girar, virar de cabeça pra baixo em todos os sentidos. Amadurecer, crescer, morrer de medo, voltar a ser criança, me sentir incapaz de tudo e ao mesmo tempo a mulher mais valente e ousada. Ter um filho me aperfeiçoou como ser humano. Não estou nem perto de ser perfeita mas com ele eu sinto que avancei na vida. Que conquistei meio mundo só pra mim, que não tem pra ninguém, sabe?

Talvez você não saiba ainda, e nem queira saber. Talvez você seja como eu fui um dia. E não tem problema nenhum. =)
Não querer um filho é uma opção e super válida. Quase foi a minha.
Por anos eu não entendia pra que colocar uma criança no mundo, expor aos crimes e desastres, pra ver uma sociedade se auto destruiur, pra que? No meio de tanto preconceito, ódio, catástrofe, pra que??? Sem contar que eu cultivei dentro de mim um monstro relacionado a gravidez, e talvez por isso mesmo minha gravidez não tenha sido fácil.

Foi tenso vomitar por quase 6 meses todas as manhãs, foi complicadíssimo ter palpitação a partir do sétimo mês porque o bebê era pouco pequeno, foi péssimo ter que dirigir por 1he30min pra ir pro trabalho, parar no meio da estrada pra "por todo o café da manhã pra fora", foi horrível engordar quase 20 kilos e ver meu rosto virar uma espinha gigante. Sem contar meus pés que dobraram de tamanho, as estrias nas pernas que apesar dos cremes foram impossíveis de conter, enfim, mudanças de humor, sensibilidade extrema, infinitas dúvidas, pessoas que brotavam do chão pra dar pitaco, enfim, foram 9 meses de muita intensidade em tudo, mas apesar disso passou rápido e o importante foi que passou, PASSOU e o melhor CHEGOU!!! Valeu a pena.

Ao mesmo tempo eu olhava minha barriga crescendo e entendia claramente a mensagem que a vida estava me dando: "este filho é um presente". Muitos casais falam isso e é óbvio que eu entendo e não quero tirar o brilho dessa frase na vida de ninguém. Só quero contar que na nossa vida, ele veio pra ser a cerejinha que faltava por conta do momento que vivíamos.

Tivemos um ano muito difícil em 2009 e quando chegou novembro daquele ano, as coisas começaram a mudar, nada dura pra sempre, nem o sofrimento =) UFA!!! hahaha e com a chegada de algumas respostas e mudanças que aconteceram, nosso ano terminou beeem diferente de como começou e logo no início de 2010 descobrimos que um baby estava a caminho. Foi super a cereja que faltava no nosso sundae. A alegria maior, a certeza de que tudo pode passar mas o nosso amor em forma de gente era algo que não passaria, e não vai passar nunca. Uma pessoa pra lembrar pra sempre que "apesar da tristeza, a alegria vem pela manhã" e no nosso caso, ela vem todas as manhãs, porque até hoje, desde que ele nasceu, a vida não é um mar de rosas mas a esperança que ele nos traz, a alegria que ele traz mesmo quando dorme(hahaha) restaura, renova, reanima, dá um empurrão pra continuar, muda o ângulo das coisas boas e das não tão boas assim, o nosso filho é mais do que nosso, é uma forma concreta de sentir o amor que Deus tem por nós.
Olhar pro Matheus é lembrar constantemente que a vida vai além do que os nossos olhos podem ver, que não temos noção do que é bom de verdade pra gente, é reconhecer que Deus fez e faz mais do que a gente podia pedir e imaginar. Eu poderia passar o dia tentando descrever a alegria que é ser mãe do Matheus mas ao invés disso, eu prefiro ir ali tocar bateria no quarto dele. Tchau pessoal.

O aniversário é dele mas o presente é todo nosso.
Te amo, filho.



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Hoje vai ser diferente!!!

Bom dia!!!
Acordei empolgada pra passar o dia inteiro levando o Matheus pro banheiro. UHUUUUU- deu pra sentir meu ânimo, né???

Troquei a fralda normal por uma "pull-up" que supostamente facilita essa fase, dei café da manhã pra ele e ao sair da cadeirinha já fui falando: "vamos pro banheiro fazer xixi?" ele apontou pro braço e disse "time" porque assisitimos um vídeo juntos de uma moça que ensina sinais pras crianças cantando "potty time".
Estava confiante, cheia de esperança e feliz por ver a empolgação dele cantando a música, fazendo o sinalzinho e indo abrir a porta do banheiro.

Me inspirei na minha amiga Dani(www.blogdadani.net) que diferente de mim, leva a Juju a 45min/1h no banheiro e até programei meu telefone pra isso. Hoje vai ser um recomeço porque  já tentei outras vezes e não tive paciência, esquecia, mas até que nessas vezes tivemos algum sucesso porque ele já fez 3 cocos e uns 5 xixis dentro. O problema não é meu filho, sou eu. Pra treina-lo me falta paciência eu acho, sou esquecida, me distraio fazendo outra coisa e tirar a fralda passa a não ser prioridade =/

Ele vai fazer 2 aninhos semana q vem, está na hora dessa mãe aqui levar essa parada a sério. A real é que eu fico meio "sem pressão" porque aqui nos EUA as mães costumam fazer isso perto dos 3 anos só que no Brasil não, então eu acho que trago essa crise cultural pra dentro da minha casa e tenho meus dias de mãe brasileira e mãe americana em relação ao desfraldamento. Me dou as desculpas necessárias e vou empurrando essa parte com a barriga.

Mas hoje não! Hoje vai ser diferente!
ha - ha - ha

Meu filhotinho sentou no vaso sanitário, parecia um homenzinho, todo feliz, pegou o livro, começamos a ler juntos, eu falava "xixi", "coco"e ele repetia, "faz filho", e continuamos a ler, a brincar, cantar, passados 8 minutos, eu já não aguentava mais =/ Como ele estava feliz lendo, fui até o escritório do meu marido dar uma beliscada no café da manhã dele. O escritório é do lado do banheiro do Matheus. Enfim, não deu 1 minuto que eu me ausentei... adivinhem???

Sim, ele subiu no banquinho pra lavar a mão sozinho e fez cocô em pé!!! E não foi pouco, foi muito, e o mais divertido??? Ele pisou, sambou no banco, desceu, correu pra trás da cortina de banho, sujou o chão e o livro, daí saiu fugindo de mim em direção ao escritório do pai, sujou o carpete, voltou correndo pro banheiro, encostou na parede e disse: "mamáEEE cocôooo" e continuava rindo serelepe.
Ao mesmo tempo que eu não sabia por onde começar e estava irritadíssima, eu olhava pro rostinho de sapeca dele e me derretia pensando "que menino feliz" !!! Peguei o celular, fiz um vídeo pra mandar pros nossos familiares, "joguei" o Matheus na banheira e comecei a limpeza =)

Bem, pra uma sexta-feira acho que melhor do que isso só "dois disso".

Beijo pra vcs e pras mamães que estão nesta fase e/ou pras que ainda vão passar por isso, já sabem, não deixem seus filhos por 1 seg sozinhos no banheiro e óbvio, não se inspirem em mim.







sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Meu bebê foi pra escolinha...

Acordamos as 7 da manhã(pra quem conhece BEM minha família sabe que acordar cedo é um milagre e NÃO perder a hora outro maior ainda!Mas um filho muda a gente pra melhor), ficamos prontos muito antes da hora e tivemos tempo de filmar cada detalhe. O Matheus não tinha idéia do que era a tal "escola" que eu tanto falava e exatamente por não saber ele acabou pegando uns balões de uma festa de aniversário que eu trouxe do dia anterior e saiu correndo pelo corredor aqui do prédio todo faceiro.

O paizão tirou fotos na entrada da escolinha, estávamos extremamente felizes, ansiosos, orgulhosos e medrosos!!! Sim, sim, sim, por mais que a escolinha seja ESCOLA e não creche, por mais que tenha sido recomendada por muitas amigas, por mais que seja uma das mais procuradas por ser pequena e bem familiar, estávamos com medinho/friozinho no estômago porque nosso filho estaria "por conta própria" pela primeira vez desde que nasceu.
A sensação de falta de controle quase me matou!!!
Não saber o que ele ia ver, fazer, ouvir, sentir foi desafiador demais mas entendi e admirei muito mais meus pais e todos os outros pais desse mundo.

Chorei, chorei mesmo. Cheguei em casa e liguei pra minha mãe e pra minha sogra. Conversei um tempão com elas e confesso que se não foi um tempão pareceu que foi Hahahaha o tempo não passava naquela manhã.
Meu marido tirou muito sarro da minha cara mas até ele marejou os olhos na hora que deixou o filho na salinha.
A real é que um dia ele vai ter que ir pra escola todos os dias e por um período de tempo maior, então é melhor eu aproveitar o que eu tenho hoje e construir memórias com ele deste tempo que não volta mais. Só duas manhãs durante a semana, eu acho que aguento.

Confesso que não foi fácil mas valeu a pena porque descobri novas sensações envolvendo meu filho. Um novo jeito de amar e admirar meu pequenino. 

Graças a Deus a hora de ir buscá-lo chegou. Quando ele me viu na porta saiu correndo e me deu o melhor abraço de todos e começou a chorar ao mesmo tempo que se encaixava no meu ombro e apertava meu pescoço. Perguntei como ele se comportou e a professora disse que ele ficou bem, compartilhou os brinquedos, sorriu muito, desconfiou dos momentos de transição de uma atividade pra outra, jogou bola, escalou nos brinquedos, falou muito e perto da hora de ir embora já estava cansado e chamando pela "mommy". Saber do comportamento dele longe de mim e ainda por cima de uma professora que está há anos trabalhando com esta idade me encheu o peito de um sentimento que eu não sabia o que era mas que me completou mais e me alegrou de uma forma nova. Senti mais orgulho ainda do meu pequeno.

Gostei de saber que ele é comportado e alegre mesmo quando não estou por perto, gostei porque aquela história de educar surte efeito mesmo, é como se fosse o resultado destes 2 anos de dedicação total a ele.
Claro que tem muito mais pra acontecer e muitas novidades pra eu descobrir neste mundo de "filho indo pra escola"mas queria registrar este começo porque daqui uns 10 anos sei que vou tentar lembrar como me senti na primeira vez e não vou lembrar com tantos detalhes.

Abrir mão do controle e confiar que eu fiz o que eu podia até a hora de entregá-lo para a Mrs. Woods foram duas das licões que aprendi. --- lembrei muito da minha mãezinha falando: "faça a sua parte e deixa que Deus faz o que você não pode fazer"--- Elaiá, isso nunca foi tão importante de lembrar como neste primeiro dia de escolinha do meu filho. Te amo, mãe! Obrigada por ter falado isso a vida inteira pra mim.
Minha confiança em Deus e minha fé também foram parar num outro nível e eu nem quero pensar muito no que vem pela frente para não sofrer por antecipação.

Por hoje é isso e ah! não deixe de visitar o www.blogdadani.net ela além de ser uma amigOna, é uma mãezOna que escreve super bem e compartilha de um jeito muito gostoso as descobertas como mãe da Juju.
Fui.





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Revista Crescer

Esta semana, no site da revista crescer eu li uma matéria muito interanssante sobre 5 frases que os pais não devem usar com seus filhos, aqui vai um pedacinho do que está no site:
http://revistacrescer.globo.com

"Segundo a da professora de psicologia da faculdade Pequeno Príncipe (PR) , ligada ao hospital de mesmo nome, Mariel Bautzel, toda a estrutura psíquica e social de uma pessoa é formada na primeira infância. “Não é raro vermos adultos que não sabem lidar com os próprios sentimentos ou que desconfiam muito do outro”, explica a especialista. Para ela, a causa pode estar lá atrás, na infância. 

Pensando nisso, com a ajuda de Mariel e também da psicoterapeuta do Hospital e Maternidade Santa Catarina (SP), Germana Savoy, listamos 5 frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.

“Para de chorar”
A clássica frase inibe a expressão do sentimento da criança, sendo que o ideal é que você a ensine a lidar com as próprias emoções. “Sempre aconselho que os pais mostrem uma alternativa para o filho. Uma boa saída é pedir que eles mantenham a calma no momento do choro”, diz Germana.

“Volte já para a sua cama, isso é só um sonho”
Até os 5 ou 6 anos, as crianças não sabem diferenciar com precisão o mundo real do mundo dos sonhos, por isso elas não entendem bem quando você disser que aquilo que vivenciaram não é real. O melhor é acalentar o seu filho, dizer que o medo logo vai passar e colocá-lo para dormir na cama dele novamente.

“Essa injeção não vai doer”
Mentir para o seu filho faz com que a relação de confiança entre vocês seja quebrada. Fale sempre a verdade. Além da dor da injeção, ele também vai ficar magoado por ter sido enganado. Diga que é uma picadinha rápida, e que será para que ele tenha cada vez mais saúde para brincar.

“Você não aprende nada direito”
Crianças que têm uma referência negativa de si mesmas obviamente ficam com a autoestima prejudicada, explica Germana. E, como elas ainda possuem um mecanismo de defesa pouco desenvolvido, tudo o que um adulto disser terá um impacto enorme. Dizer que elas são burras, ou que nunca vão aprender matemática, por exemplo, pode fazer com que realmente acreditem que têm essas fraquezas.
"Se você não me obedecer, eu vou embora"
A criança tem de aprender a respeitar os pais pela autoridade - e não por medo de perdê-los ou, pior ainda, de ser maltratada. Ameaças e chantagens estão fora de cogitação.
Claro que, às vezes, os pais acabam falando coisas que não gostariam... Se isso acontecer, não se culpe. O jeito é recuperar a calma e conversar com a criança, explicando que agiu de forma errada."

A tal da frase: pare de chorar, acho que eu já usei demais e vai ser um grande desafio parar de usá-la. Mas pelo menos estou mais consciente agora e creio que será mais fácil me policiar.

domingo, 22 de julho de 2012

100%

Nos últimos meses o termo "100%" não sai da minha cabeça.
A gente se acostuma com 90%, 77%,53% e perde a grandeza dos 100%.
100%.

Fazer tudo 100%, ser 100%, amar 100%, cuidar 100%, olhar 100%, escutar 100%, sentir, tocar, andar, pensar, cozinhar, ler, conversar, dormir, acordar, dirigir, enfim, viver 100%.
Na maioria das vezes a gente está fazendo mais de uma coisa ao mesmo tempo e com isso perdemos a chance de colocar o tal dos 100% em prática.

Acho que desde que meu filho nasceu tenho levado mais a sério ser 100%.
Claro que é quase impossível mas o simples fato de tentar 100% já faz com que valha a pena, já garante o aperfeiçoamento em qualquer ação.
Ser mãe 100% é o meu maior desafio. Conseguir dar o meu melhor e não perder nenhum minuto do desenvolvimento do meu filho. Mostrar pra ele que vale a pena fazer uma coisa de cada vez pra que essas coisas sejam bem feitas é desafiador mas me motiva.
A vida passa tão rápido, ele nasceu ontem e amanhã já vai fazer 2 aninhos. Será que fui 100% mãe nestes dias? Será que quando estava sentada com ele no quarto lendo algum livro eu prestava atenção e me doava 100% pra ele? Será que na hora do banho eu estava ali com ele ou minha cabeça se preocupava com qualquer outra coisa?
Existe um tempo certo pra cada atividade nossa durante o dia. A hora de acordar, de tomar café, de ler, de conversar, quando me pego em uma atividade, seja ela qual for, meu primeiro pensamento tem sido, eu estou 100% aqui? Prestando atenção no que essa tarefa demanda de mim?

Papo de maluco pra muita gente mas eu acredito que parece coisa de doido porque nos desacostumamos a valorizar isso.
O melhor funcionário é aquele que consegue lidar com 1001 coisas ao mesmo tempo, a mulher ideal é aquela que cozinha, passa, lava, trabalha e está sempre linda ao mesmo tempo, a criança mais valorizada na escola é aquela que toca todos os intrumentos, fala 1001 linguas, joga todos os esportes e assim por diante. Nossa sociedade foi manipulada e hoje valoriza tudo que for "multi-task".
Um pena.

Fico triste de pensar que esse é o mundo que meu filho vai encarar. Mas ao mesmo tempo quero criar dentro de casa um ambiente seguro, um ambiente onde ele pode e deve se focar em cada coisa que estiver fazendo.Quando for ler, voltar toda sua atenção pra leitura, quando conversar voltar toda a atenção pra outra pessoa, quando for brincar se dedicar as brincadeiras, deixar a imaginação fluir. Este exercício gera conscientização, gera auto-conhecimento, descobrimos o que realmente gostamos de fazer e não o que os outros gostam que a gente faça, aprendemos a gostar de coisas que antes parecia que não gostávamos. Enfim, prestar atenção 100% em você e nas atividades que tem pra executar faz com que você se  aperfeiçoe em coisas pequenas e grandes, a nossa criatividade aumenta, descobrimos novas formas de fazer melhor o que quer que seja. Tente ir pro trabalho amanhã e preste atenção no caminho que você percorre. Duvido que pensar em dar total atenção pra isso não vai fazer bem ao seu coração.
Experimente cuidar do seu filho ainda hoje dessa forma, dedique-se 100% a ele. Olhe no fundo dos olhos dele mesmo quando ele não está te olhando. Preste atenção no que você nunca prestou atenção antes e perceba o quanto você pode se aperfeiçoar nesta tarefa divina que é ser mãe.

Boa noite.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Filho muda tudo...


Boa Noite!!!
Como alguns de vocês sabem, estive fora por 18 dias e voltei tem menos de uma semana. Durante estes dias fora de casa meu computador morreu de vez.
Estarei meio sumida por conta disso.

O texto de hoje foi escrito pela minha amiga Dani. Ah! Ela já era minha "conhecida" há muito tempo atrás mas desde que engravidamos, estreitamos muito nossa amizade. Nossos filhos tem apenas 3 semanas de diferença. Eu tive o Matheus antes e na sequência a Julinha nasceu. Dá até pra gente sonhar, quem sabem num futuro... hahaha mas melhor deixar isso pra outra hora.

A história da Dani e do nascimento da Julia consegue tirar lágrimas dos meus olhos até hoje. Mexe comigo de um jeito diferente toda vez. As duas são guerreiras. As duas me inspiram. Acabei de perceber que vou ter que escrever um post só sobre isso se ela me permitir.
Enfim, aqui vai o texto que ela escreveu pra agregar e alegrar nossas vidas.
Amo você GURIA!!!

Filho muda tudo...
As mães sempre falam que ser mãe muda completamente a vida, mas quem ainda não passou pela experiência tem dificuldade em entender como e por quê.
Resolvi postar aqui algumas das mudanças que eu e muitas mães vivenciam. Conheça ou identifique-se!
- SALTO. Literalmente descemos do salto!! Eles não combinam com correr, pular, rolar e nem com ficar horas carregando peso. Então eles se restringiram a raras ocasiões, como casamento. Essa transição não é difícil, porque calçados baixos são mesmo muito mais confortáveis!
- BOLSA. Ou ela cresce ou você carrega duas!
- HORA DE DORMIR. Se antes você não tinha pra você, agora acaba tendo porque afinal, hora  pra acordar você vai ter!!
- PROGRAMAS DE TELEVISÃO. É melhor se acostumar logo em não ver programas ao vivo, mas viva a internet!!
- GULOSEIMAS E DELÍCIAS. Como comer na frente do filho se ele vai pedir e você não vai poder ou querer dar?! O jeito é comer como se fosse um crime que você está cometendo: não pode ter vestígios nem testemunhas!
- SONO DA BELEZA. Quando você consegue, ele será parecido com a sopa de legumes: tudo picadinho!
- DURABILIDADE DAS ROUPAS. É tanta lavagem e manchas que as roupas  duram bem menos. (entenderam porque precisamos comprar mais agora maridos?)
- PERFUME. Quando você está amamentando, normalmente seu delicioso perfume doce vai ser meio azedinho...
- PONTUALIDADE. É um verdadeiro malabarismo chegar no horário em compromissos, porque, além da demora em arrumar um integrante a mais, a hora que o bebê escuta você falar pro cônjuge “vou pondo ele no carro!” acontece algo incrível: ou ele vomita ou seu intestino resolve funcionar (de novo!).
- BRINCOS E ACESSÓRIOS. O medo de ter a orelha rasgada ou aquela pulseira preferida rebentada faz rapidinho você usar brincos pequenos e peças de maior resistência e menor apego!
- MAQUIAGEM. Como produções exigem tempo, a maquiagem acaba que fica mais basiquinha mesmo!
- SAIAS E VESTIDOS. O agacha-agacha complica seu uso!
Se você deu algumas risadas durante a leitura por já ser mãe ou está assustada porque ainda não é, agora vem mais uma coisa engraçada: VOCÊ NÃO LIGA DE FAZER ESSAS MUDANÇAS PORQUE A RECOMPENSA É UM MILHÃO DE VEZES MAIOR EM SE TER UM SER QUE SE PODE CHAMAR POR FILHO!
Um beijo pra todas as guerreiras de plantão, em especial pras que tiveram (mais) uma noite mal dormida!

terça-feira, 26 de junho de 2012

O mundo precioso das Anas da minha vida.

Como este espaço é pra compartilhar experiências, aqui vai um texto lindo de uma mãe que eu admiro muito, minha prima Ana Clara. A história dela como mãe não é diferente de muita gente não mas as escolhas que ela fez eu tenho certeza que sim. Ela foi de peito aberto pro desconhecido e hoje inspira muita gente. Valeu pela colaboração primota.


"As lágrimas que derramei quando descobri que você iria chegar, certamente não foram de felicidade, e por isso eu te peço perdão minha pequena. Foram lágrimas de uma menina que não entendia ainda o quão maravilhoso era ter você nos braços. Por mais que naquele momento milhares de coisas insignificantes viessem em meu pensamento, rapidamente entendi o que era o verdadeiro amor que crescia dentro de mim. Os meses foram passando e a ansiedade de ter você era sempre maior! Descobrir que os 9 meses na verdade eram 40 semanas foi torturante e os dias de fazer ultra-som pra ver o seu rostinho eram sempre contados a dedo. Não foi fácil encarar as más línguas e os olhares tortos; Não foi fácil ir para escola antes da sua chegada e ter que suportar pessoas te observando e perdendo todo o tempo falando de nós duas; Não foi fácil ver quem sempre me odiou tentando se aproximar para estar ‘por dentro’ dessa nossa nova fase; Não foi fácil ouvir que eu havia feito uma burrada e que essa minha gravidez indesejável acabaria com minha vida; Mais o que ninguém sabia é que essa burrada fosse me fazer a pessoa mais feliz do mundo, e o que eles chamaram de indesejável e ousaram dizer que acabaria com a minha vida, foi na verdade o que a deu sentido. Hoje sei o quanto valeu a pena tudo que passei, e tenha certeza que eu não abri mão de nada que não fosse recompensado com o amor que você me proporciona nesse tão pouco tempo de vida. Obrigada por você existir e me fazer a mãe mais babona e mais feliz do mundo. Eu te amo mais que tudo, Ana Julia Barros Bornancim! "

domingo, 24 de junho de 2012

eis que tudo começou...

Um belo dia um amigo disse: Você devia compartilhar num blog suas experiências como mãe. Acho que eu gostei da idéia.
Tentei começar um blog durante a gravidez mas eu passei tão mal por 7 meses que a última coisa que eu queria era compartilhar as infinitas manhãs de mal estar.

Meu filho nasceu, hoje ele tem 21 meses e essa aventura apesar de recente parece que já me envolve há décadas. Nasci pra ser mãe. Amo ser mãe. Me completa, me fascina, me vicia, me alegra, me desafia, me encoraja, me anima, me restaura, me humaniza, me espitirualiza e por fim me racionaliza.

Não é fácil pra mim e já percebi que não será nunca. Como mãe, como Yvia, eu tenho decisões aparentemente "insignificantes" pra tomar quase todo instante. Essas aparentes decisões insignificantes hoje, afetam profundamente o futuro próximo e distante da minha vida, da vida do meu filho e dos que estão ao nosso redor.

Um exemplo mongo que eu posso dar dessas decisões é o seguinte: "durante a gravidez eu quero escutar música num volume alto ou baixo?"
Muitas mães não param pra pensar na realidade de vida que elas levam e cogitam mudar radicalmente como fazem as coisas ou até mesmo como são depois que o bebê nasce.
Eu decidi escutar música alta durante a gravidez. Eu decidi propositalmente fazer isso.
Hoje?! Colho os frutos dessa decisão.
Meu filho ama música e ele também é capaz de dormir com barulho de tv, som, conversa, gargalhadas, enfim...Pra quem conhece a minha casa, minha vida com meu marido sabe que o meu piá não podia ser melhor!!!

Depois que ele nasceu percebi que essas perguntas começaram a aumentar e que a todo instante eu tinha perguntas pra fazer. Mas pra quem? Minha mãe está longe, minha sogra também, o ritmo de vida delas é tão diferente do meu, a realidade de vida é outra, no passado delas então tudo era mais diferente ainda, então pra quem perguntar? Pra pediatra? Pra tia pediatra? Pro google? Pros sites de maternidade, de educação de filhos? Pra amiga psicóloga? Pra professora? Pras avós? Pras amigas? Quem poderia me ajudar e me dar as respostas que eu tanto queria?

Caraca! Eu mesma.

Comecei a aceitar o fato e a levar a sério fazer as perguntas pra mim.
Descobri muita coisa nova a meu respeito e estou neste processo que eu sei bem que não tem fim.

A vida que eu quero levar, o que eu almejo, minhas aspirações, meus medos, minhas experiências de vida, tudo isso faz parte e colabora na hora de decidir o que fazer com meu filho e como fazer.

Primeiro, defini(mais ou menos) quem eu sou, oq eu gosto, como eu vivo, minha rotina e como meu filho nasceu, ele tem que naturalmente ser agregado e se sentir bem vindo nesta vida que já existia. Queria fazer de tudo pra que ele se sentisse amado e querido mas ao mesmo tempo queria ter certeza que eu não estava me anulando com isso. Um filho vem ao mundo e o mundo não pára por que ele nasceu, ele pega meio que o bonde andando e foi assim que comecei a nortear minha forma de educa-lô.

Obviamente, eu sempre tento equilibrar minha vida e a vida do meu marido, a gente tem longas conversas constantemente e percebemos que desde os 6 meses de vida do nosso filho, nossas vidas/ rotinas são reajustadas também.
Mas a essência, quem somos e o que gostamos a gente mantém. Alteramos o que precisa ser alterado para que a nossa base como família, a nossa identidade não mude por conta do nosso filho. Ele vai crescer e vai ter a vida dele, vai decidir onde e como ir, vai ter vontade própria SE ele crescer num lar onde os pais tem vontade própria. Eu nunca fui muito a favor de encher a casa de brinquedos, bagunça é uma coisa que me irrita, sempre irritou, acumular coisas eu detesto, é de família(hahaha) então por conta disso, eu decidi deixar os brinquedos do meu filho no quarto, dentro de um baú, o que ele não brincar por mais de 3 meses vai embora. Não entra brinquedo novo sem um velho sair.
Fazendo isso, eu estou respeitando quem eu sou, estou sendo fiel a logistica da minha casa e meu filho vai entendendo conforme o tempo quem a mãe dele é, como a casa que ele nasceu funciona e se Deus quiser, a longo prazo, ele não vai ver uma mãe frustrada, irritada, agoniada, depressiva ou sei lá mais o que, por que por anos deixou brinquedos acumularem só pra agradar o filho. Respeitar quem somos como mulheres, seres individuais, antes de nos tornarmos mães foi uma das primeiras lições que eu aprendi.

Cada família, cada casal, cada mulher tem seu jeito, sua vida, sua rotina, cada um almeja uma coisa diferente do outro, por isso as respostas não são padronizadas. Por isso pra ser mãe, é preciso amar refletir. Cautela, equilíbrio e ousadia andam juntos nesta jornada. Lembrando que pra cada um será de um jeito.
Aqui vão algumas perguntas que talvez te ajudem a entender o que estou dizendo.


  • Definindo horários para o meu filho dormir/acordar -  Pra definir este horário, eu sugiro umas sub-perguntas.  Sou uma mulher que acorda cedo pra trabalhar? Tenho costume de tomar café com meu marido todos os dias? Faço questão de ver o jornal, a novela toda noite? Tenho livros pra ler, amigas pra conversar?Que horas eu costumo fazer isso? 
  • Definindo alimentação para o meu filho - No meu caso eu decidi mudar a forma de me alimentar, meu filho nasceu e ele sem dúvida deu o empurrão que faltava pra que eu e meu marido eliminássemos e/ou diminuíssemos alguns maus-hábitos.
  • Definindo a vida social com meu filho e do meu filho - Tenho costume de sair e ficar até tarde da noite na rua? Conforme meu filho vem crescendo eu venho alterando isso. Tenho costume de dormir na casa de amigos? Deixar meu filho na casa de outras pessoas implica, no meu caso, em mais sub-perguntas(hahaha) mas enfim, deu pra entender, né?!

Eu percebo a situação e reflito, faço perguntas pra mim primeiro, depois vou atrás de artigos, casais que eu admiro e claro, dou uma boa lida em Provérbios =)
Boa noite.